DOJO: um projeto que ultrapassa os limites do tatame

 

Segundo o último Levantamento Anual do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), divulgado pela SNDCA/MDH, em 2015, quase 27 mil adolescentes e jovens cumpriram alguma medida de privação ou restrição de liberdade. Deste total, quase 10 mil adolescentes e jovens eram do Estado de São Paulo.

Infelizmente, são número alarmantes e que têm crescido ano após ano. Diante deste cenário, entendemos que medidas preventivas contribuem para que outros adolescentes e jovens não façam parte e somem esta triste estatística.

No início do ano, o projeto DOJO passou por uma reformulação, pois sentíamos a necessidade de complementar o projeto com mais atividades que pudessem ultrapassar os limites do tatame.

Entendemos que através das aulas de jiu-jitsu este adolescente pode exercitar seu corpo, desenvolver conhecimento corporal e estimular o respeito ao próximo. Posterior às aulas, com as rodas de conversa, ele pode tratar temas de seu cotidiano, refletir sobre princípios éticos, ecologia, cidadania, já que geralmente não possuem estímulo ao pensamento crítico. E com as visitas familiares contribuímos para que relacionamentos sejam fortalecidos e vínculos fortes floresçam.

Atualmente, 25 crianças e adolescentes estão matriculadas e frequentam duas vezes por semana a sede da Compassiva. Semana passada, um grande amigo e faixa preta em jiu-jitsu ministrou um dia de aula para os alunos do DOJO e compartilhou com a gente:

“Sempre tive vontade de estar no jiu-jitsu da Compassiva, mas devido o horário não conseguia vir. Porém, neste dia eu estava de folga e espero poder voltar mais vezes!”

Adriano Barbosa da Silva é faixa preta e pratica jiu-jitsu há 13 anos. Faz parte da equipe Rocian Gracie com os mestres Márcio, Mário e Antônio. É casado e pai de 3 filhos – uma menina de 16 anos, um garoto de 12 anos e outro de 8 anos e todos seus filhos praticam jiu-jitsu com ele.

E por falar em família, no próximo sábado, dia 26 de maio, haverá uma sessão de cinema especial para os alunos do projeto e seus familiares. Será a primeira atividade coletiva que envolverá, não só os alunos, mas toda a sua rede de apoio. A programação não contará com as atividades rotineiras, mas estará recheada com muita pipoca e muita diversão!

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