Devido às grandes mudanças que uma mulher grávida tem em seu corpo e em seu sistema imunológico, as gestantes e as mulheres pós-parto fazem parte do grupo de risco da covid-19. Como devemos fazer para as protegermos nesse momento de pandemia?

Segundo a enfermeira e obstetra e doula Angélica Quiccoli, voluntária no projeto Cordão de Afeto da Compassiva, os cuidados com as gestantes são os mesmos que toda a população precisa ter: lavar sempre as mãos e também higienizar com álcool em gel, manter distância das pessoas, usar máscara ao sair na rua e manter o isolamento físico.

“As gestantes não devem para o pré-natal, mas ter todo o cuidado na ida à UBS (Unidade Básica de Saúde)”, explica em um dos vídeos que têm sido divulgados nas redes sociais da Compassiva.

“O medo não pode ser maior que as escolhas da gestante”, observa também. Se a mãe tiver tosse, febre e falta de ar, ela deve entrar em contato com a sua UBS ou com o profissional que tem lhe atendido, antes de ir até o serviço. 

Além disso, os direitos da gestante continuam valendo, desde que não envolva nenhuma pessoa diagnosticada com o coronavírus. “Ela ainda pode ter um acompanhante saudável durante os atendimentos”, explica.

Uma outra dúvida é se a o parto normal é uma boa opção em em tempos de pandemia. Neste momento, além dos inúmeros benefícios já reconhecidos para a saúde da mulher e do recém nascido, o parto normal diminui o tempo de internação. Ou seja, “ele diminui o risco de infecção e melhora para a recuperação dessa mulher. Caso ela esteja com suspeita ou com confirmação da Covid-19, seu parto será hospitalar e as suas condições maternas serão avaliadas”. 

A amamentação do bebê requer alguns cuidados especiais. “Desde que a mulher deseja amamentar, ou esteja em condições clínicas para realizar a amamentação de forma adequada e segura, a orientação é higienizar as mãos antes e após tocar os bebês, fazendo o uso de máscara durante a amamentação”, afirma.

Durante os intervalos da amamentação, a recomendação é que mantenha-se distancia do bebê, além de higienizar todo o material que utilizar durante a amamentação, como bombas extratoras, por exemplo. 

As mamães que não estão em condições físicas de realizar a amamentação, podem extrair o leite, orientando que uma outra pessoa saudável oferte esse alimento ao seu bebê. 

Angélica também diz que “é necessário contatar um profissional da saúde para obter as orientações adequadas sobre formas seguras de realizar esse procedimento”.

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