A iniciativa Cordão de Afeto visa atender gestantes refugiadas árabes durante e após a gestação. Veja como tudo começou!
A enfermeira Angélica Alves Quiccoli atua como voluntária na Compassiva desde março 2016, prestando apoio nas aulas do curso de português e demais atividades promovidas pelo programa Levando Ajuda ao Refugiado (LAR), como os dias da Saúde e da Beleza.
E foi através desse contato com os alunos árabes que, juntamente com demais voluntárias do programa, identificou outra necessidade das famílias atendidas, acompanhamento e orientação a futuras mamães refugiadas.
“Com o aumento da proximidade e o acesso aos relatos de dúvidas e dificuldades iniciais com os bebês, fui procurada para prestar o auxílio possível. Assim, comecei a fazer visitas a essas mamães e pude ouvi-las, orientar sobre os cuidados necessários e prestar apoio quanto à amamentação”, conta Angélica.
A experiência foi tão gratificante que a enfermeira resolveu somar à sua formação o curso de Doula, profissão que se aplica às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto. Com o preparo prático e teórico, Angélica se tornou ainda mais útil no serviço humanizado às mamães árabes que sofrem com as diferenças culturais e linguísticas.
Dessa necessidade, surgiu o projeto Cordão de Afeto, com o objetivo de servir as refugiadas árabes em fase gestacional, parto e puerperal, incentivando e respeitando suas características e escolhas. Encabeçada por Angélica, a iniciativa já conta com o interesse das mulheres e tem tudo para se tornar mais uma frente fixa de apoio da Compassiva aos refugiados.
“Essas mulheres que chegam aqui passam por inúmeras mudanças (um novo país, cultura, idioma) e ainda têm as grandes transformações psicológicas, fisiológicas e sociais que acontecem na gestação. Proporcionar um cuidado acolhedor e afetivo nesse período é uma intervenção positiva para a mãe, o bebê e familiares, trazendo esperança, confiança e fortalecendo os laços entre nós”, conclui a enfermeira.