Como começamos a atender pessoas refugiadas

Apenas duas ONGs se dedicavam ao atendimento de refugiados na cidade de São Paulo, segundo uma pesquisa que a Compassiva realizou, antes de desenvolver o programa LAR (Levando Ajuda ao Refugiado), em 2014.

Visando atender essas pessoas, surgiram, então as aulas de português para árabes. Esse era o menor grupo, dentre os refugiados em São Paulo, que precisava aprender o idioma. Havia uma necessidade de 900 vagas das demais nacionalidades para aulas de língua portuguesa, enquanto haviam apenas 180 árabes, explica André Leitão, diretor da Compassiva:

“Para nós, era lógico iniciar com grupo menor. Focar em um grupo específico nos ajudaria a oferecer um trabalho com excelência, pois, mesmo que às vezes não seja um grande trabalho em quantidade, queremos fazer uma diferença grande na vida das pessoas que atendemos”.

Para conhecer mais sobre a realidade dos refugiados, acesse Refugilar.

As aulas de português foram apenas a porta de entrada. Com o tempo, a proximidade com a realidade dos refugiados foi aumentando e suas necessidades foram tornando-se mais perceptíveis. Então, mais iniciativas surgiram no programa LAR.

O primeiro deles foi o Amparo, projeto de assistência social, que apoia as famílias refugiadas com carências emergenciais, identificadas também a partir de visitas presenciais às suas casas. Cestas básicas, fraldas e remédios são distribuídos, a partir de doações recebidas pela Compassiva.

Por meio da assistência jurídica, também começaram os processos de revalidação de diplomas de graduação de refugiados. Advogados, enfermeiros, economistas… muitas são as profissões dos refugiados, que não conseguem exercê-las por não terem suas formações reconhecidas no Brasil. Com apoio da ACNUR, contribuir para que essas pessoas possam resgatar e desenvolver suas habilidades profissionais também tem sido um esforço.

“Não apenas isso, pois um grupo de voluntários também começou a apoiar com produção de currículos, além de indicar vagas de emprego e lugares para procurar trabalho”, conta Leitão. “A gente foi se envolvendo para tentar realizar um trabalho que alcançasse todas as áreas dessas pessoas, para que elas possam se tornar independentes e reconstruir suas vidas no Brasil”.

Desde 2014, a Compassiva já atendeu, diretamente, mais de 3 mil pessoas em situação de refúgio. Conheça o programa LAR (Levando Ajuda ao Refugiado) e faça a sua doação

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