A Compassiva existe para criar oportunidades de transformação de vida para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Sediada no Glicério, uma região desafiadora de São Paulo, a maior cidade do Brasil e uma das maiores cidades do mundo, a Compassiva também tem como missão buscar a transformação da nossa metrópole.
O Dia Mundial das Cidades é um dia comemorativo criado pelas Nações Unidas cujo objetivo é “destacar o papel importante da urbanização como uma fonte de desenvolvimento global e inclusão social”.1
O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Desde 2015, a desigualdade de renda tem crescido continuamente, atingindo “o maior patamar já registrado no primeiro trimestre de 2019”.2
O contraste causado pela desigualdade, muitas vezes, é mais visível nos centros urbanos.
Nosso trabalho tem como base a construção de relacionamentos saudáveis; para isso, é preciso entender a realidade das pessoas atendidas.
Parte dos nossos programas visa atender as pessoas nos arredores da nossa sede. O bairro do Glicério é conhecido por vários desafios sociais, em particular o tráfico de drogas. Na Compassiva, buscamos oferecer um lugar seguro para algumas das pessoas inseridas neste contexto urbano.
Frequentemente, as mulheres carregam o fardo que vem com a vivência neste cenário; a violência, a falta de saneamento básico, a criação dos filhos como mãe solteira e todos os demais desafios associados.
Por isso, temos um projeto com mulheres locais, usando o artesanato como uma ferramenta para criar um espaço de confiança onde elas podem relaxar, compartilhar e desabafar. Recentemente, através de palestras, temos abordado várias questões que elas têm que encarar no dia a dia, da saúde da mulher ao abuso sexual.
Muitas vezes, para essas mulheres, bem como para as crianças e adolescentes atendidos através do nosso projeto de jiu-jitsu, esta dura realidade é tudo o que eles conhecem.
Por outro lado, grande parte do nosso trabalho é voltada a residentes desta cidade que vieram de um contexto significativamente diferente e que tiveram que deixar quase tudo pra trás: refugiados.
A adaptação a uma cidade tão vibrante, dinâmica e muitas vezes esmagadora pode ser dura. Através do programa LAR, que inclui o projeto de revalidação de diplomas realizado em parceria com o ACNUR e o curso de português para refugiados, buscamos facilitar este processo de adaptação e inserção.
Por meio do programa LAR, buscamos, especificamente, contribuir para a superação da barreira do desemprego, realidade frequentemente presente nos centros urbanos. E as famílias refugiadas que mais precisam, como as que se encontram morando em ocupações – mais uma realidade difícil da nossa cidade -, são zelosamente atendidas por uma assistente social.
Esperamos que o nosso trabalho, tanto com residentes do Glicério quanto com refugiados espalhados por toda a cidade, possa contribuir para o desenvolvimento de uma São Paulo mais justa, sustentável e adaptada para atender às necessidades de todos os seus habitantes.
- https://news.un.org/pt/tags/dia-mundial-das-cidades
- https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/05/21/desigualdade-de-renda-no-brasil-atinge-o-maior-patamar-ja-registrado-diz-fgvibre.ghtml