Com mais de 200 jogadores inscritos, a 4ª edição da Copa dos Refugiados em São Paulo – realizada pela organização África do Coração, em parceria com o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), da Caritas Arquidiocesana de São Paulo, do SESC-SP e das empresas Netshoes e Sodexo – já é o maior evento esportivo para refugiados no Brasil.
Neste ano, equipes de 16 países vestiram a camisa para representar suas nações em uma ocasião de confraternização das diferenças culturais. Entre os times que participaram dessa festa está o da Síria, destaque na foto, que chegou até as semifinais e já está no seu terceiro ano de participação na competição. Em meio aos jogadores, um amigo da Compassiva, o refugiado Ali Jeratle, que chegou estudar português conosco.
Hoje, com emprego fixo e na correria da vida em São Paulo, Ali vê no evento a oportunidade de estar junto de quem já conhece e fazer novas amizades com pessoas de diferentes culturas. “O jogo foi muito bom mesmo, os amigos sírios que participam comigo se tornaram minha família, não ganhamos o torneio, mas ganhamos muito mais”, afirma.
O jogador sírio, que atuou como um de treinador desta vez, pois estava com o joelho machucado, garante que a equipe tem melhorado a cada edição e a almeja a vitória para o próximo ano. “Nosso time é forte. Ganhamos o primeiro jogo, mas perdemos nas semifinais devido a erros e por estarmos com jogador a menos em campo. Mas, ano que vem, estaremos na final”, garante Ali.
Mesmo sem estarem na final, o apoio ao evento continua e a animação também. Próximo domingo, dia 24 de setembro, o momento será de prestigiar as equipes de Marrocos e Nigéria que entram em campo, às 15h, no estádio do Pacaembu para finalizar a disputa deste ano.
Os portões já estarão abertos a partir das 14h e a entrada é gratuita, mas serão aceitas doações de alimentos não perecíveis que serão distribuídos a pessoas refugiadas em situação de vulnerabilidade. Participe!